quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O.S.P. Asura - SP


Dizem os comentários ser um fantástico jerkbait, não tendo no entanto chegado ainda ao mercado português. Esperemos que não tarde.

O Asura da OSP é o primeiro jerkbait de 9 cm que tem três fateixas distribuídas pelo seu corpo. Com efeito, estas fateixas permitem aumentar exponencialmente as capturas e reduzir os ataques falhados, situação bastante comum com os outros jerkbaits. O Asura é o jerkbait com maior capacidade de lançamento da sua categoria, capacidade obtida pelos seus exclusivos pesos internos. O corpo achatado permite produzir flashes únicos, mas também uma acção optimizada durante as recuperações regulares. Não é exagerado assegurar que o OSP Asura é de alto nível em relação a todos os outros jerkbaits.


Três fateixas

Em muitos casos, os achigãs escapam facilmente de um jerkbait, quando o atacam numa pausa durante a recuperação. Obviamente isto significa que o ataque não teve o melhor desfecho. As três fateixas reduzem o número de ataques falhados em situações de pouca ou nenhuma tensão na linha.



Olhais curtos

Se as fateixas fossem montadas em olhais de grande medida, estes poderiam obstruir a passagem das esferas internas. Por isso utilizamos olhais mais curtos em relação aos normais para obtermos mais espaço interno (o maior da categoria), para que as esferas possam trabalhar sem dificuldades.



Corpo espalmado

O corpo completamente achatado permite uma maior superfície para transmitir os movimentos e vibrações. Este corpo permite também obter um maior número de flashes para atrair os achigãs.




Diferentes tipos de corpo

Existem dois tipos de corpo um com e outro sem escamas, que são capazes de atrair as fêmeas mais receosas durante o período primaveril. As cores holográficas são utilizadas nos modelos sem escamas. As cores disponíveis nestes dois estilos criam diferentes tipos de reflexos muito úteis em variadas situações.





Características:



Tipo: Suspenso



Comprimento: 92.5 mm



Peso: 8.5 gr.



Cores existentes










Fonte: O.S.P. Europe


Eu Não Sou Um Pescador

Estranha afirmação esta vinda de alguém que dedica muito do seu pouco
tempo livre à pesca.

Então afinal sou o quê?

Porque é que continuo a pescar?

O que é me move e motiva?

No já longinquo ano de 1970, então com 15 anos de idade, matei a primeira peça de caça grossa em Moçamendes - Angola, numa fazenda chamada Tampa mesmo no sopé da Serra da Chela, onde terminava o asfalto e começava a picada serra acima a caminho de Sá da Bandeira.

Escondidos numa "mutala", abrigo feito de pedras e ramagem de espinheiro, no alto de um cabeço cerca de 100 metros sobranceiro a uma pequena nascente de água lá em baixo no vale, aguardávamos em silêncio absoluto há mais de 3 horas que as zebras descessem ao pôr do Sol pela encosta em frente para se dessedentarem. Era a minha primeira caçada a sério, antes disso tinha ido algumas vezes ás Impalas e ás Gazelas.

Eis que de repente e parecendo surgido do nada, um imponente macho se perfila lá do outro lado já a meio da encosta. Nem o tínhamos visto no alto cabeço oposto pois tinha descido vagarosamente e sempre camuflado com as matas dispersas de espinheiros. Dava uns passos vagarosos, parava, cheirava o ar, o vento estava nas nossas costas, mordiscava algumas ervas do chão, dava mais uns passos em direcção á água. Era o macho dominante da pequena manada e que primeiro se vinha certificar de que não haveria perigo, para depois e só então descerem as restantes.

Mais uma hora se passou neste lento caminhar em direcção à armadilha que lhe estava montada. Finalmente e a cerca de 5 metros da pequena nascente de cerca de 4 metros quadrados cuja água corria uns metros para desaparecer misteriosamente na terra ressequida, parou, cheirou de novo o ar em todas as direcções com o garrote bem levantado, "ladrou" (o relinchar das zebras faz de certa forma lembrar latidos de cão) avançou então para a água. O resto da manada apareceu e começou a descer a trote largo. Deviam estar sedentas.

Como me tinham ensinado e recomendado veementemente, deveria esperar até que o animal baixasse a cabeça, começando a beber. é nesta altura que as suas defesas naturais ficam mais frágeis, em que a tensão se iria aliviar um pouco. E assim fiz, a bala da .370 Magnum já estava na câmara e o travão estava solto. Apontei à espádua, respirei fundo, expeli lentamente o ar dos pulmões, tirei a folga ao gatilho e fiz o tiro.

A emoção era tanta que nem olhei para o meu alvo, culatra atrás nova bala na câmara e cano em direcção á manada que já fugia, quando uma mão me baixou a cano da arma e um ríspido "NÃO" me acordou de repente.

Ouvi então a voz calma do meu pai "chega Luís, uma zebra de cada vez é mais do que o suficiente para um bom dia de caça. Deixa as outras ir, outros dias haverão".

O eco do tiro na encosta oposta á nossa tinha enganado a manada fazendo-a fugir encosta acima na nossa direcção. eram cerca de 12, fêmeas, 3 crias, e alguns machos ainda muito novos que passaram a galope rasgado a cerca de 10 metros de nós. Recordo o medo vidrado naqueles olhos enormes e negros, húmidos e brilhantes.

Só então olhei para a peça a que disparara. Lá estava caída no mesmo local onde há segundos atrás bebia água. Tinha sido um tiro "limpo" ao coração como mais tarde se verificou quando foi esquartejada. Morte instântania. Tinha aprendido bem as lições que me deram.

E também aprendi para o resto da vida mais esta lição que o meu pai me tinha dado. Não deixar nunca que um momento culminante de um desporto em que se ceifam vidas e que se quer de êxtase, de clímax, de satisfação e respeito por uma vida que tiramos, se transforme em sofreguidão, em cego massacre, em irracionalidade.

E a partir daí nunca mais fui um caçador. E a partir daí nunca mais fui um pescador.

Cresci, fiz-me homem, continuei a caçar durante muitos anos, continuo a pescar, mas nunca mais como caçador ou pescador.

Sou um desportista. E é isso que quero continuar a ser a bem dos meus principios, da minha ética e do meu respeito e admiração por tudo o que está vivo.

Porque me dá um prazer infinito lutar e cobrar um animal ao qual dou as mesmas possibilidades que eu tenho.

Porque o que me motiva é a satisfação das horas passadas a cuidar e preparar o material, a preparação e antecipação da pescaria que se avizinha, a solidão e grandeza do mar, a paz e tranquilidade da Natureza, o novo alento que um dia destes induz naqueles que se seguem.

Para quem entender a pesca desportiva como o simples acto de retirar peixes do mar, então não sou um pescador. Pescar para mim é um desporto, não um simples acto de acumular grandes ou pequenas quantidades de peixe. Aliás a quantificação do resultado de uma pescaria, é um exercício irrelevante para mim. A minha valoração de uma pescaria é efectuada pelo exemplar que cobro com uma "canita" fininha e frágil, uma linha também ela fina, uma luta com o animal em que as probabilidades de sucesso estejam divididas em partes iguais entre o homem e o animal.

Quantas e quantas vezes ao final de cada sessão infrutífera de pesca, tantas horas a lançar e recolher, a experimentar, a inventar, com os braços a doer e as costas cheias de dores, a minha alegria e o meu sorriso são os mesmos que os daqueles dias em que carrego ás costas 2 ou 3 bons exemplares, são os mesmo em que começando a pescar ás 6 da manhã, às 8 vou-me embora porque já tenho a minha conta.

E a todos os peixes que fugiram, que se desferraram mesmo ali, aos que afugentaram todos os outros do pesqueiro na sua luta pela vida, aos que desconfiaram e não atacaram a amostra, que continuem a nadar livres e selvagens até á próxima ocasião em que se cruzem com o caminho das minhas amostras.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

O.S.P. Rudra - SW



Mais um jerkbait da Lucky Craft com conceitos inovadores.

Com a adopção de um corpo achatado, o Rudra-SW foi concebido de forma a emitir reflexos intensos. Estes reflexos, associados a uma oscilação do corpo da amostra, ampliam fortemente a zona produtiva, para que seja capaz de cobrir grandes áreas e águas profundas. O trabalhar do Rudra-SW é excelente, quer seja com recuperações tipo jerkbait quer seja com recuperações irregulares e pausas, ou mesmo com recuperações a velocidades constantes. A sua acção, extremamente natural, é muito eficaz especialmente com achigãs e robalos de grande porte.



Novo Sistema de Pesos


Dois pesos foram fixados na parte mais baixa do corpo e em vez de se utilizar um único peso móvel são utilizados três mais pequenos. Este sistema gera uma menor gravidade na parte baixa e central do corpo, produzindo uma acção oscilatória que é característica única do Rudra-SW.




Corpo Alveolar HP


“Maior é o corpo de uma amostra mais eficaz se torna”. Esta ideia converte-se na tecnologia alveolar. A leveza deste corpo foi além dos conhecimentos existentes sobre o plástico ABS e renovou o conceito da oscilação perfeita.







Corpo Achatado


A qualidade dos reflexos e o movimento oscilante desta amostra são praticamente impossíveis de obter com um corpo redondo ou oval. O corpo completamente achatado provoca uma maior atracção nos achigãs e robalos e consegue mais ataques.






A melhor pala para um jerkbait

Em qualquer tipo de amostra a melhor pala em sempre é a mais fina. Seleccionámos o melhor material e o melhor desenho para criar uma amostra de movimentos excepcionais, sendo usado aos esticões e pausas como um jerkbait, movimentos perfeitos, se é recuperado de forma regular, e um movimento oscilante exclusivo que é bastante sedutor para os peixes.



Cores Disponiveis: Crystal Gold, Crystal Blue Shiner, Kozakana, Clown





Características:


Tipo: Suspensa


Comprimento: 130 mm


Peso: 20 gr.


Prof. Natação: 0 a 2 mt




Fonte: O.S.P. Europe

Nova Flash Minnow Live 120 MR da Lucky Craft



Esta amostra tipo "suspending" apresenta um perfil de corpo mais alongado e a mesma excelente acção da Flash Minnow original.


É a primeira da série Live a apresentar o sistema de transferência de pesos da Lucky Craft, que possibilita lançamentos mais longos.


A secção da cauda da Live não só adiciona melhor acção natatória à amostra, como também a ajuda a dissipar a força de alavanca que o peixe exerce na amostra quando ataca e salta, visto que esta não sendo rígida, flectirá com o impacto e movimento.


Cores Disponiveis: Aurora Black, Chartreuse Shad, Ghost Minnow, Pearl White








Características Técnicas


Tipo: Suspensa


Comprimento: 120 mm


Peso: 19 gr.


Prof. Natação: 1,5 mt


Anzol da Barriga: #1


Anzol da Cauda: #


Linha Recomendada: 12 - 16 Libras (5.4 - 7.2 Kg)


Fonte: Bassn'Bait

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Imagens sem Comentários








Paraísos a Sul

Feriado de 5 Outubro, três dias de descanso seguidos para ir passear com a família até ao Algarve. Bom tempo deste Verão que se arrastou quase até ao Inverno e que convidou a passar umas horas perdido algures numa também perdida e deserta praia da costa W de Sagres.

Mesmo para passear com a família, a cana, o carreto e uma caixinha com amostras têm sempre o seu lugar na mala do carro para aqueles momentos que se proporcionam.

Fim da tarde, e enquanto a família e os amigos vão dar um passeio até Sagres e escolher o restaurante para o jantar, por ali me fico naquela maravilhosa e deserta praia.

Na ponta mais a sul da praia armo o equipamento, uma minnow na ponta da linha e começo a lançar e a recolher sem sequer animar a amostra de qualquer forma.


Ao terceiro lançamento sinto um toque forte, paro a amostra por 2 ou 3 segundos, arranco com ela de novo e zás, aí vem o primeiro. Belo Robalo, não o pesei mas andava pelos 2 kg.





Isto promete pensei, nem dez minutos de pesca e já cá canta um. Continuei a lançar e a recolher mas mais nada. Tentei várias animações mas nada. Bom, pensei, vou mudar de amostra para uma mais escura que o sol já vai baixo.

Mudei a amostra continuei a lançar e passado um pouco lá está outro bem agarrado. Este é maior, lá vai a linha carreto fora e por sorte o peixe foge para o lado da praia e para fora e não para as pedras. Vou-me deslocando na areia á borda de água acompanhando a correria e travando o carreto por pontos (vivam os carretos com ajuste micrométrico). A linha aguenta bem um peixe destes, mas a cana é que talvez não se eu exigir demasiado dela. Sem problemas, o mar é aqui aberto e sem rochas, lá veio até à areia, nos últimos metros rebocado por uma pequena onda. Este é um momento perigoso porque a velocidade de recuperação tem que ser grande para manter sempre tensão na linha não vá o peixe desferrar-se. Excelente exemplar, teria 3 kg ou um pouco mais.





Isto promete, comentei comigo próprio enquanto continuava a lançar. Este tipo de amostras nada até 1 metro de profundidade e a maré a vazar tornava a água perigosamente baixa para elas. Duas ou três vezes prendeu mas deve ter sido no marisco agarrado à pedras e soltou-se sem problemas. Afastei-me uns metros para o lado da areia, continuei a lançar mas nada, nem um toque.




O peixe anda é ali nas pedras. Vamos tirar esta amostra, colocar um pencil popper e brincar um bocado mesmo junto às pedras. O dia já está ganho portanto nada a perder. Bem pensado, bem feito, aposta ganha. Aí vem outro, este é mais pequeno, dá uns bons esticões mas não arranca muita linha do carreto que tem o drag regulado para 3 kg. Veio direitinho, era efectivamente mais pequeno, era bicho para 1,5, 1,75 kg não mais.





Ainda se não tinha passado 2 horas desde que ali chegara e 3 belos torpedos já cá estavam.


Continuei a lançar tentando descobrir os canais por entre as cada vez mais pedras que sobressaíam da água agora já mesmo muito baixa, até que uma buzina insistente lá no alto da falésia veio quebrar o encanto.

Toca a arrumar a tralha toda, meter os convidados na mochila e trepar até lá acima, onde o sorriso de escárnio e complacência do meu cunhado se desfez num profundo "epáaaaaaa" quando tirei os ditos da mochila. Um último olhar ao paraíso.





Rumo a Vila do Bispo, lá ficaram os robalinhos em casa de uma prima do meu cunhado. Já me disseram que foi um festim no Domingo seguinte com a promessa de retribuição na forma de um cabrito assado no forno de lenha lá de casa.

Para terminar o dia em beleza, jantei um magnifico robalo "ao sal" em Sagres, regado com um Muralhas bem geladinho.

Uma Rapidinha ao Final do Dia

A festa de anos do meu filho mais novo acabou hoje por volta das 17.30, deixei o pessoal todo em casa, peguei no meterial e fui até à Praia de Carcavelos com o intuito de lançar umas amostras por 2 ou 3 horas.


Nem a maré nem o mar estavam bons naquele local para isso, portanto montei a Ultramar (neste local o espaço para lançar é estreito e portanto tem que ser uma cana curta), meti-lhe um Buldo com chumbo de caça e que pesa cerca de 80 gramas e um Raglou castanho escuro e fui-me entretendo a fazer uns lançamentos.Ao fim de cerca de 1 hora e depois de já ter sentido dois toques bons mas que não ferraram, lá veio este senhor que pesou 2,050 kg.



Fiz mais uns lançamentos e como estava um frio de rachar, decidi arrumar a tralha e ir ver a segunda parte do meu Belenenses no quentinho.Material utilizado: Cana Hiro Ultramar, carreto Daiwa Emcast Advance 5000, monofilamento Trabucco T-Force 0.35, estralho de 2.30 mt de Fluorcarbono Seaguar FXR 0.33, Buldo com chumbo de caça e 80 gr. e Raglou castanho escuro.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Novo Conceito de Amostras

O mago da superfície - O O.S.P. Yamato


Três concavidades frontais, forma alargada da mandíbula inferior e dois olhais de sujeição. Esta estranha forma caracteriza o artificial predispondo-o para todas as acções.



Side Clip


Assim nasceu o Yamato, desenvolvendo e criando um pencil popper de uma nova categoria e que possibilita vários tipos de utilização.Na generalidade os pencil popper têm um corpo fluido e a dimensão das concavidades é pequena. Graças a isto as amostras convencionais são vantajosos em termos de animação tipo "dog walk", produzindo ruídos semelhantes aos efectuados por outros peixes que caçam à superfície, mas possuem enormes desvantagens no que respeita à busca e atracção de peixes em grandes massas de água.


O objectivo da O.S.P. foi a criação de uma amostra que pudesse ser facilmente manobrada em todo o mundo, incrementando a ligeireza do seu corpo com vista a melhorar o seu potencial de atracção. Para além disto o Yamato pode trabalhar á superfície ou em capas de água mais profunda conforme as necessidades do pescador.




Center Board


Esta amostra possui dois olhais de sujeição, o inferior chamado "High Appeal Eye" e que devido ao ângulo agudo de trabalho que produz, a quilha central faz com que se desloque num movimento sinuoso e amplo, produzindo também os splash característicos dos poppers, trabalhando como um topwater.




High Appeal Eye



O olhal superior, chamado "Diving Eye" é utilizado para atacar capas de água mais profundas, fazendo-se submergir com um golpe de cana e trabalhando-o a toques de ponteira "twitching".


Diving Eye



Pode também recuperar-se de forma linear e neste caso nadará como um "swimbait afundante" com carateristico movimento em S.


Fontes: Bass'n Bait e O.S.P. Europe


Tive a sorte de ter podido adquirir 2 exemplares, a Cosmo Black e a Hasu antes de esgotarem, e embora ainda não os tenha testado em acção de pesca já me entretive a trabalhá-los em águas paradas e transparentes, tendo ficado muito bem impressionado com a sua acção tanto à superficie como afundado.

Sem dúvida uma amostra que merece uma oportunidade para se afirmar.

domingo, 18 de novembro de 2007

Os Meus Cantinhos no Minho


De Norte a Sul, praticamente toda a nossa costa se presta à prática do spinning se bem que existam locais onde, pelas suas características intrínsecas, esta técnica seja mais produtiva que noutros. É nesta zona do Minho onde mais vezes pesco porque aqui tenho todo o tempo do mundo para o fazer.


E estes são os meus cantinhos preferidos.

Caminha - Ponta da Praia


Especialmente com a maré a vazar e trabalhando com as amostras no sentido da corrente, é um local onde se passam uma horas bem entretidas a tirar uns robalinhos que muito raramente excedem 1 kg de peso. Visto que a profundidade da água cai abruptamente a poucos metros da areia, aqui funcionam bem pequenas amostras de 9 e 11 cm com profundidade de natação até 3 metros. As X-Rap e as Husky Jerk da Rapala têm dado bons resultados.





Foz do Rio Minho - Ínsua

Aqui já não se brinca. Aqui pesca-se a sério aos grandes Robalos, não só ao spinning mas também com outras técnicas. É quanto a mim um dos melhores locais de pesca ao Robalo de Portugal, juntamente com toda a costa até Vila Praia de Âncora. O meu recorde de Robalo, infelizmente só de 5,150 kg foi aqui conseguido, mas já vi saírem exemplares (muitos) entre os 9 e os 11 kg de peso a pescar ao fundo. Anos houve na década de 80 em que numa maré tirei 30 robalos. Já não é o que era, mas mesmo assim, faz agora 1 ano houve uma invasão de robalos, tendo estado mais de 100 pescadores espalhados pela praia e quase todos apanharam peixe. Houve alguns que encheram bem a saca. Que o diga o meu primo João que tem o café junto à passagem de nível da estação de Moledo!!!!.

O problema da Ínsua é que quem lá quiser ir pescar terá que contratar alguém em Caminha para lá o ir por e depois buscar de barco a hora combinada. No entanto esta barra é manhosa e corre-se o risco do mar virar de repente e depois ser obrigado a lá ficar 2 ou 3 dias. Já aconteceu.



Zona de rochas, lajes e caneiros propicia à utilização de amostras que trabalhem mais altas na coluna de água, digamos que até 1,5 metros. As Flashminnow da Lucky Craft, as Daiwa Saltiga Minnow, e as minnow da Strike Pro são bastante efectivas.








Moledo do Minho - Praia



Extenso areal com mais de 2 km entre a Foz e o Portinho é um paraíso de pesca ao Robalo. Devido ás correntes e aos areais que se formam, esta praia normalmente só é boa para pescar a partir do final da Mata do Camarido. A praia termina na já mencionada zona do Portinho, formando uma baía com fundos mistos de areia e rochas carregadas de mexilhões, lapas, ouriços e perceves.

Esta praia caracteriza-se pela formação de grandes ondas que rebentam muito perto do areal, devido ao fundão que se forma a 2 ou 3 metros mar dentro. Permite assim facilmente lançar as amostras nas costas das ondas e recolhê-las pelos extensos espumeiros que se formam nos recessos de mar.




Anos há, como é o caso deste, em que grandes coroas de areia se formam ao largo da praia (visível na imagem) a distâncias entre os 50 e os 100 metros, e que possibilitam deslocarmo-nos para elas na maré vazia, e lançando daí as nossas amostras em direcção ao mar. É aqui onde os robalos nos presenteiam com o espectáculo das suas correrias no contraste de luz das ondas que se elevam.




Outras técnicas muito utilizadas e efectivas nesta zona, são o corrico com Buldo ou Bulrag e Red Gill ou Raglou, e o corrico de fundo com Chumbada e Pingalim, ou com Chivos de Mar.


No spinning tanto se podem utilizar amostras de capa de água superficial (Flashminnows ou Saltiga Minnows) como outras bem mais afundantes (Rapala Magun Stainless Steel Sinking, Staysee da Lucky Craft), em função da altura das águas e das marés. No Inverno podem e devem-se utilizar as amostras metálicas tipo Maria Viva Parade ou a Metalic Sardine da Yo-Zuri, lançando longe e recolhendo pelo meio dos espumeiros.



Praia de Moledo - Portinho



Desconheço porque lhe deram este nome porque de porto nada tem. Alguns familiares meus da zona, hoje com mais de 80 anos, aqui pescavam quando miúdos, ajudando os seus pais a recolher as redes que lançavam na praia. é aqui que ainda hoje se recolhe, espalha e seca o "argaço" que depois irá adubar as terras. Por alguma razão aqui se semeiam e colhem as mais saborosas batatas que já comi.


Terminada a praia seguem-se as rochas para Oeste por cerca de 200 metros, virando a costa depois na direcção Sul para Vila Praia de Âncora. Esta semi baía assim formada, com fundos de areia intercalados com muita rocha, tem a particularidade de nos dias de mar mais mexido, formar um imenso espumeiro originado pelo partir das ondas nas pedras de fora, tornando-o um local fabuloso para spinnar ou corricar com Buldo aos Robalos. Num determinado local, um grande lajão coberto na meia maré por 1 metro de água, é o local ideal para utilizar os Topwater, sejam poppers (Roosta) ou passeantes (Sammy).




Moledo Do Minho - Penedo Vermelho

Seguindo a costa na direcção de Vila Praia de Âncora encontra-se o denominado Penedo Vermelho, local que não há pescador da zona que não conheça, e famoso pelos magníficos peixes que de vez em quando lá se tiram. Zona de rocha semi submersa com muitos regueiros e canais entre elas, carregada de marisco (quando o mar deixa apanham-se aqui umas boas sacas de perceves), virada para o mar aberto, é tão boa para o spinning e corrico como para o fundo (Robalos, Sargos).




Deste ponto até V.P.Âncora existem muitos mais pequenos locais propícios para a pesca, se bem que este não seja um terreno especialmente bom para andar. Pelo contrário, há que saltar de pedra em pedra para nos deslocar-mos e até para chegar á água. é preciso ter muito cuidado, não só com o caminho mas também com o mar que aqui tem muita força, é imprevisível e sujeito a grandes enchios repentinos.

Se bem que na praia o forte das capturas se efectuam de noite, em todas estas zonas de rocha pesca-se bem de dia e praticamente durante todo o ano. No Verão e devido à praia estar sempre cheia de gente, o amanhecer e o anoitecer são as horas indicadas. Durante a noite é um espectáculo chegar ao paredão e ver as dezenas de luzinhas verdes na praia, que são os starlights na ponta das canas de fundo.

Vale a pena a quem passar na região ou tirar um fim de semana para passear, levar as canas e fazer uma pescaria nesta zona. Pode-se comprar isco em V.P. Âncora ou na loja de pesca em Caminha para quem quiser pescar ao fundo.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Rebobinar um Carreto de Spinning


Deparei-me hoje com uma situação caricata na loja de artigos de pesca onde normalmente faço as minhas compras.

Dois companheiros, ao que me disseram caçadores submarinos e iniciados no spinning, estavam a adquirir canas, carretos, amostras e monofilamento, tudo para se dedicarem aos robalos. Lá ajudei na escolha de algumas amostras, alfinetes e no mono para carregar os carretos, visto que não queriam multifilamento.

Qual não é o meu espanto quando o funcionário começa a carregar os carretos, com a bobine enfiada numa esferográfica. Agora já percebo porque são os enleios, as cabeleiras etc., etc. Um carreto de spinning nunca se carrega assim.



O meu conselho para rebobinar um carreto de spinning


A linha de um carreto deverá ser substituída pelo menos uma vez por ano. Se pescar com muita frequência, deverá até ser substituída mais frequentemente. Caso não se proceda correctamente ao enchimento da bobine, o mais certo é ter nós e cabeleiras desde logo nos primeiros lançamentos.




Para carregar um carreto de spinning o primeiro passo é colocar no chão a bobine com o novo monofilamento. É necessário determinar se deverá ser colocada com a etiqueta para cima ou para baixo de modo a minimizar a introdução de novelos ou voltas cruzadas durante o processo de enchimento. Esta acção será sempre necessária para cada bobine que se adquira, porque a direcção em o fio nela foi bobinado pode variar de bobine para bobine, mesmo dentro da mesma marca e modelo de linha. Os 3 passos seguintes detalham como determinar qual das faces da bobine deverá ficar virada para cima.


1. Olhe para o topo do seu carreto, e rode a manivela como se estivesse a recuperar linha. Repare em que sentido roda a asa do cesto em volta da bobine. A maior parte dos carretos de spinning efectua a rotação no sentido dos ponteiros do relógio.


2. Procure a ponta da linha na bobine de monofilamento e oriente a bobine de modo a que a ponta fique para cima e a etiqueta ou face da bobine fique virada para si.


3. Se a ponta da linha sai da bobine no sentido dos ponteiros do relógio (isto é, se a ponta da linha fosse uma seta, deveria apontar para a sua direita), então deverá colocar a bobine no chão com a etiqueta para cima. De contrário deverá colocá-la com a etiqueta para baixo. Se o carreto rodar no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio (o que é raro mas acontece), deverá inverter todo este principio.

Após este processo efectuado poderá começar a encher o carreto seguindo estes passos:


1. Passe a ponta da nova linha através dos passadores da cana ( basta 1 em meia cana) e ate-a à bobine do carreto com um Nó Arbor, tendo o cuidado de levantar a asa do cesto, só a baixando depois do nó estar efectuado.

2. Segure a linha firmemente entre dois dedos (é conveniente usar uma luva ou um pano) e enrole 3 ou 4 metros de linha.


3. Pare o enrolamento e verifique se a linha desliza sobre ela própria. Se já estiver bem apertada pode começar a bobinar a restante.


4. Para um carreto de spinning, um bom método de proceder à bobinagem é pegar num pano macio de algodão e segurar a linha dentro dele á altura do primeiro passador da cana. Aplique a máxima tensão que puder de modo a que a linha não fique frouxa ou solta, e pode então rebobinar á velocidade que quiser.





5. Não encha nunca a bobine do carreto completamente. Deixe uma folga entre 4 e 6 milímetros para a borda da bobine.





Algumas Dicas


· Para evitar embaraços na linha quando pesca, mantenha sempre a máxima tensão possível na recolha.


· Se a linha se encaracola demasiado tem 2 opções: Se for de barco, retire a amostra e deixe sair bastante quantidade de linha para o mar enquanto o barco se desloca. Se estiver a pescar em terra, retire também a amostra, ate a linha a qualquer objecto fixo e afaste-se deixando a linha sair do carreto. Peça, depois de se afastar 100 ou 150 metros, a um companheiro que corte a linha junto ao objecto onde a atou, e recupere-a, não se esquecendo de aplicar a máxima tensão possível.


· Não deixe pedaços de linha nas praias, no mar ou nos pesqueiros de rocha. Coloque-as nos recipientes de material para reciclagem.


· Uma forma prática de poupar dinheiro ou fazer desperdício, é rebobinar a linha de um carreto para outro carreto ou outra bobine, ficando assim a parte da linha que nunca foi utilizada e estará em boas condições, pronta a pescar.


· Um truque que utilizo muito para evitar o escorregamento da linha no inicio da bobinagem, é colocar um penso rápido na bobine do carreto antes de atar a linha.


Nota final: Todos os cuidados que se possam ter na preparação do nosso material em casa, nunca serão demais pois irão poupar muita chatice durante a pesca, e até muitas vezes evitar que um dia que se quer bem passado, se transforme num pesadelo e num dia estragado.