sábado, 9 de fevereiro de 2008

O Baile

Vou chamar a este artigo "O Baile" porque o que fazes num baile? Bailas.

Pois é, fui hoje dia 7/02/2008 até ao local de sempre, a que chamamos O Aquário para ver se enganava um robalinho.

O mar estava grosso, com vaga de SW de uns 2.5 metros e a rebentar desencontrada. A água tinha aquela cor meio esverdeada própria daquele local quando o mar tem força de fundo.

Comecei a pescar por volta das 14.00 horas acompanhado do meu amigo Miguel, que trajado "à turista" e de binóculos na mão tentava descortinar o peixe no contraste das ondas e me dava ânimo. Dois companheiros de pesca ocupavam o meu lugar favorito, um dedicado a tirar salemas, e boas salemas à bóia, e outro a pescar ao fundo, pelo que tive de me desviar para um local onde uma língua de areia entre as pedras me permtia ir fazer os lançamentos.

Montei a NBS Saphira Extreme Buldo de 4.20 metros com o Daiwa Regal 4000 XI com a bobine cheia de Fireline Crystal 0.17, um Bulrag de 70 gr. e um Red Gill azul e branco de 10.5.

Fui fazendo uns lançamentos em arco pelo mar à minha frente, o primeiro mais perto, o segundo mais longe na mesma direcção e correndo um ângulo de cerca de 90º da esquerda para a direita. A maré virou por volta das 14.40 e começou a vazar. Ao fim de umas dezenas de lançamentos decidi mudar a amostra. Nem um toque.




Calmamente fui-me entretendo com o passar das horas porque até às 19.00 não tinha nada para fazer, e fui substituindo as cores das amostras pelos Red Gill aos Raglou.

Pelas 17.00 já com o sol baixo no horizonte e com a maré meio vazia a destapar as pedras ao fundo, montei um buldo de 100 gr. e um pingalim de borracha preto e vermelho (excepcional e preciosa oferta do meu amigo Miguel) e lancei lá para longe por trás das ondinhas que agora eram bem mais pequenas. Primeiro lançamento, primeira Baila, a maior de todas. Veio morrer calmamente na lingua de areia aos meus pés e com a borracha bem embuchada.




A meia hora seguinte foi práticamente cada lançamento cada Baila. Ao todo foram seis.




Depois e de repente nem mais uma, nem mais um toque. É nestas alturas que nos invadem todas aquela perguntas, os "porquês" das coisas serem assim. Teriam sempre andado por ali e não lancei tão longe? Andariam por lá e não eram aquelas amostras as ideais? Teriam entrado naquela altura e apanhá-las-ia na mesma com outras amostras? A altura da maré, o pôr do Sol ou qualquer outro factor despoletou um pico de actividade? Ficam as dúvidas todas em aberto mas que certamente com o correr dos tempos e a repetição das situações, serão talvez parcialmente esclarecidas.

Não sou muito experiente em corrico, pratico muito mais o spinning, mas nequele local e naquelas condições não vale a pena spinnar porque não se consegue lançar à distância necessária para chegar ao peixe. Vai-se aprendendo.

Como sou um verdadeiro apreciador de peixe, mais de Robalos que de Bailas mas na falta dos primeiros......esta foi "ao sal" acompanhada por um Bucelas bem fresquinho.



Até ao Baile seguinte, esperemos que com outros convidados que mais aprecio.